Viraliza na Internet vídeo de uso de chip para adulterar bombas de gasolina
Desde ontem está sendo compartilhado em diversas redes sociais um vídeo realizado pela polícia de Goiás mostrando o “modus operandis” das quadrilhas que burlam a fiscalização – e os consumidores – com o uso de um chip eletrônico que subtrai cerca de 10% do que pensamos ter abastecido de gasolina, diesel ou etanol.
Numa ação espetacular realizada pela Polícia Civil junto ao Procon de Goiás, foi encontrado um chip utilizado para adulterar bombas de combustíveis em um posto na cidade de Itumbiara. Na ocasião, o dono do estabelecimento foi preso em flagrante. A ação também percorreu estabelecimentos de Goiânia e outras três cidades do estado, resultando na autuação de cinco postos que foram flagrados utilizando o equipamento de fraude.
De acordo com a corporação, os condutores dos veículos ao abastecer eram lesados a partir do momento em que recebiam uma quantidade menor do produto do que demonstrado no visor da bomba. A corporação afirma que este é o primeiro registro do chip em Goiás.
O início das investigações se deu a partir de várias denúncias e reclamações de motoristas que sentiram a diferença entre a quantidade de combustível no carro e o que era demonstrado nas bombas.
Durante as fiscalizações, os equipamentos foram desmontados e os agentes constataram que nas placas controladoras das bombas haviam chips que são reprogramáveis. O equipamento é acionado a partir de um controle remoto, que faz a medição de quanto de combustível será liberado – quantidade do produto solicitada pelo cliente. Em seguida, os dados são apagados e a medição é refeita, alterando a quantidade.
Foi necessário capacitar técnicos e fiscais da polícia goiana para detectar a fraude. Os agentes passaram por cursos com apoio de peritos internacionais que ensinaram como desmontar as bombas e identificar as fraudes.
As investigações apontam que os chips foram adquiridos de quadrilhas de São Paulo e Rio de Janeiro. A média de prejuízos para o consumidor foi avaliado em cerca de 10% em cada abastecida, podendo haver variações. Em um posto de Goiânia, por exemplo, a cada 40 litros comprados, o consumidor recebia até seis litros a menos do que o solicitado.
Veja abaixo o vídeo que viralizou e a ousadia das quadrilhas:
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