Connect with us

Interior do AM

Município de Tapauá decreta situação de emergência devido à estiagem: 174 comunidades ribeirinhas afetadas

Publicado

on

Mais de 3 mil famílias são diretamente impactadas pela seca no Amazonas

A Prefeitura de Tapauá, município localizado a 448 quilômetros de Manaus, decretou situação de emergência em todo o território devido à severa estiagem que atinge o rio Purus e seus afluentes. A medida busca mitigar os impactos da seca, que já afeta diretamente mais de 3 mil famílias em 174 comunidades ribeirinhas rurais. Um comitê de crise foi criado para coordenar as ações de enfrentamento, que incluem a distribuição de água potável, cestas básicas e tanques para armazenamento de água.

A Defesa Civil alerta para a possibilidade de decretar estado de calamidade pública caso o nível do rio Purus continue a baixar, como ocorreu ao longo de agosto. A escassez hídrica já ameaça o abastecimento de mercadorias, uma vez que o transporte de suprimentos para o município depende exclusivamente de barcos.

As embarcações que fazem o trajeto até Tapauá já sinalizaram que suspenderão as viagens a partir da próxima semana, o que pode comprometer a cadeia produtiva e a economia local. Em resposta, a empresa Manaus Energia foi notificada para elaborar um plano emergencial a fim de evitar que a cidade fique sem energia elétrica, cuja geração depende de uma termoelétrica.

A Prefeitura, em conjunto com a Defesa Civil, está finalizando um plano de contingência para enfrentar os próximos dias, considerados críticos para a população local. A decisão municipal segue o decreto do Governo do Amazonas, que abrange 58 municípios, incluindo Tapauá, e oferece respaldo legal às ações emergenciais.

O documento oficial ressalta que a estiagem, agravada ano após ano, causa danos econômicos, sociais e ambientais irreparáveis ao município. O decreto também autoriza a mobilização de recursos para assistência às famílias afetadas, além de estabelecer articulação com órgãos estaduais e federais para o monitoramento contínuo das condições climáticas.

De acordo com o prefeito Gamaliel Andrade, a crise hídrica tem prejudicado severamente as comunidades ribeirinhas, comprometendo o acesso à água potável e a realização de atividades cotidianas, como transporte e obtenção de insumos. “As comunidades estão ficando sem abastecimento e sem medicamentos, o que nos preocupa profundamente. Água é vida, e sem o mínimo necessário, essas pessoas correm risco. Nossa prefeitura tem poucos recursos, por isso clamamos para que o governo federal e a Defesa Civil nos auxiliem”, afirmou o prefeito.

A situação em Tapauá reflete a gravidade da estiagem que assola a região e exige respostas rápidas para minimizar os danos sociais e econômicos que afetam a população local.

Site filiado à Federação Nacional de Jornalismo – FENAJ

Copyright © 2023 Portal Primeira Página