Fui eu quem fiz
Numa época em que o cantor Gonzaguinha estourava no Brasil dos anos 80 com composições inesquecíveis, e aqui cito Sangrando, O que é ? O que é?, Começaria Tudo Outra Vez, Grito de Alerta; nenhuma delas se compara letra/melodia, eternizada na voz de Fagner, a canção “Um Homem Tambem Chora”.
Parte da letra diz assim:
“Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os torne perfeitos…
***
O que poucos sabem é que esta música foi escrita por Gonzaguinha para seu pai, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, num momento em que o velho sanfoneiro não era mais chamado para shows, não mais protagonizava no meio cultural, e andava meio fora de cena, essa era a realidade da época.
A música escrita por Gonzaguinha ecoa como um mantra e fala um pouco da dor que Gonzaguinha achava que o pai sentia naquele momento:
“Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz”
***
Luiz Gonzaga, o Velho Sanfoneiro, gravou na mesma época, A Hora do Adeus, sucesso até hoje:
“O meu cabelo já começa prateando/
Mas a sanfona ainda não desafinou/
A minha voz vocês reparem eu cantando/
Que é a mesma voz de quando meu reinado começou/
Modéstia à parte mais que eu não desafino/
Desde o tempo de menino/
Em Exu no meu sertão/
Cantava solto que nem cigarra vadia/
E é por isso que hoje em dia/
Ainda sou o rei do baião…
***
Com essas duas músicas maravilhosas, a Coluna de hoje exalta o ex-deputado estadual, federal, secretário de estado e ex senador(suplente), João Thomé Verçosa de Medeiros Raposo, conhecido como João Thomé Mestrinho.
Filho de Gilberto Mestrinho, João Thomé, desde muito criança, fazia questão de acompanhar o pai no dia a dia das eleições de 1958 para governador do Amazonas. Era um meninote com apenas 8 anos, mas a memória dos momentos vividos nesta época tenho certeza estão bem vivas.
Na foto abaixo, por ocasião da colocação da pedra fundamental da futura maternidade Balbina Mestrinho, João Thomé estava lá, ao lado de Gilberto, de Artur Virgílio(presidente da ALE 1960), Josué Pai, Almino Afonso(deputado federal), Ramayana Chevalier(secretário de saúde em 1960), sua avó, Dona Balbina Mestrinho, sua genitora, Dona Antonieta Verçosa.
João Thomé conquistou seu primeiro mandato como deputado estadual em 1982, ano em que seu pai, consagrado nas urnas, inicia um processo de TRANSFORMAÇÃO no Amazonas. O slogan de Mestrinho era RUMO CERTO COM GILBERTO, anos depois passa a usar o verbo TRANSFORMAR nas peças publicitárias do governo.
Foi pela lavra das mãos de Gilberto que muitos políticos conquistaram mandatos eletivos no Amazonas. Mas o que poucos sabem é que foi João Thomé que, após a negativa do General Taumaturgo Sotero Vaz(in memoriam), em ser nomeado prefeito de Manaus em 1983, dera vazão a sua indicação(aceita pelo pai) de nomear Amazonino Mendes(ex funcionário do DERAM), e assim projetá-lo na política local. Amazonino fez por onde, claro. Mas sem o apoio integral de João Thomé e o amigo Adib Assi, poderia ter ficado apenas com o ofício de advogado do partido que era.
Na foto acima, Adib Mamed Assi (in memoriam), Amazonino Mendes, senador Fábio Lucena(in memoriam) e João Thomé Mestrinho.
Atualmente, João Thomé, 65 anos, é produtor rural e vice-presidente do PMDB/AMAZONAS.
ERAM OS ANOS 80.
Marcelo Guerra / Jornalista MTB 492/AM – MBA Administração Pública
E mail: [email protected]
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